A selva de que vos vou falar não se trata da imagem que vos salta à imaginação cada vez que ouvimos esta palavra, não é aquele local longínquo de nós habitantes dos aglomerados de betão e cimento a que apenas temos acesso através de imagens de um qualquer canal televisivo num programa domingueiro.
A selva que vos falo está entre nós, bem pertinho sem que nos importemos de facto em alterar o que quer que seja, sem que muitas vezes possamos fazer o que quer que seja, se não vejamos, um local onde cada um está bem mais interessado em si e no que possui que propriamente no seu semelhante, um local onde se compram guerras disfarçadas de auxílio, ou mesmo de cruzadas santas quando na verdade outros interesses se levantam (como a exploração de algo mais rentável que propriamente a libertação dos fracos e oprimidos…).
Acho que já estão a visualizar o que me refiro, no entanto posso continuar com o rol de características desta “selva”, um local onde se fazem fortunas baseadas nas desgraças de terceiros, com os governos a olharem para o lado (na América do sul são especialistas no que falo), um local em que valores como a honestidade e a seriedade são substituídos pela corrupção e pela falsidade, sendo inclusivamente exaltados estes (não) valores, pois facilmente se rotulam de ambição, e tudo fica bem…
Um local em que se mata um ser apenas por uns cobres e ainda temos a coragem de dizer que a selva é onde os animais habitam, quando no fundo os animais somos nós, nós que não olhamos a meios para atingir os nossos fins, nos que sorrimos num instante e no segundo seguinte estamos prontos para passar por cima de quem quer que seja para alcançarmos o que desejamos… não me venham dizer que a selva é lá longe, não a selva é aqui mesmo… quando a diferença (de cor ou crença) é pretexto suficiente para aniquilação de povos, e chamamos a isto o progresso…
Quando uma nação é exemplo (e respeitada) pelo que investe em armamento em vez de medicamentos ou na qualidade de vida dos seu habitantes, quando a justiça é cega na verdadeira ascensão da palavra sendo os menos favorecidos automaticamente considerados culpados e os criminosos do chamado “colarinho branco” são ilibados… porquê? Porque uns o fazem em pequena escala (o que não é de forma alguma desculpável) enquanto outros o fazem para acrescentar mais uns zeritos às suas contas bancárias…
Mas nem tudo é negro (ainda há muito de positivo que deve ser realçado e multiplicado), se bem que esta é uma realidade a que cada vez mais tenhamos acesso e conhecimento, o que por vezes nos leva a pensar, valerá a pena ser-se integro? Porque a realidade difere da ficção, e porque na vida real nada é como nos filmes, os bons não ganham, nem ficam com a donzela… por isso welcome to the jungle!!!
smp, TJ
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